segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Palavras, apenas...

Como alguns sabem, esse último fim de semana (não costumo falar findi, finde e variações... nada contra, só não costumo falar) fui à Rivera comprar algumas coisas pra mim, buscar umas encomendas, perfumes, cremes, cosméticos... (estes 2 últimos não pra mim, óbvio).

Na viagem de ida, fiquei no banco ao lado do banco de um casal. Até aí tudo normal, não fosse pelo fato de ser um casal de mudos/surdos (nunca sei diferenciar quando é um e quando é outro). Não vi eles se beijarem, aquela coisa toda de casais, etc, também não ia ficar 7 horas num ônibus vigiando um casal, mas vi que viajaram abraçados, então deduzi que eram um casal.

Sendo mudos/surdos, eles falavam algumas vezes por Libras (LInguagem BRAsileira de Sinais), mas observei uma coisa muito interessante... Que além da Libras, eles por vezes não utilizavam os gestos, sinais, letras, e outras coisas pra se comunicar, simplesmente se olhavam, se observavam, e de certa forma se decifravam.

Observei isso durante alguns poucos minutos, pois como disse, não ia ficar dando uma de CSI-Rivera, investigação de casais.

Às vezes, diria muitas vezes, questiono a real necessidade de palavras pra dizer alguma coisa, pra se expressar, pra passar (ou receber) alguma informação. Não diria que seja totalmente dispensável, mas dependendo das pessoas, as palavras ditas verbalmente, foneticamente, são um pouco menos necessárias, já que muitas coisas são ditas involuntariamente, quase que sem querer, como por exemplo em um olhar, em um toque, e de vez enquando até em uma simples respiração diferente da normal.



São trejeitos, expressões faciais, corporais, sorrisos... que na maioria das vezes, dizem o que não pode ser formulado e expressado por palavras, com tamanha fidelidade ao que está se sentindo.

Já pensava assim, mas ultimamente ando vendo isto se concretizar de uma forma muito mais prática.

Pra fechar, vou deixar uma frase mais batida que saco de areia em academia de boxe, mas que diz muito:
"As mais belas frases são ditas no silêncio de um sorriso".

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