quinta-feira, 8 de março de 2012

Dos NÃOS que recebemos.

Buenas meu povo... estamos aqui de volta depois de um tempo.

Não tenho pretensão de escrever periodicamente do tipo, "sou obrigado a escrever 2 vezes por mês", por exemplo. Vou escrevendo qdo brilhar vontade e inspiração para tal.

E em um dia desses, tava pensando em todas as coisas que eu já consegui, e em todas que ainda to pra conseguir, conquistar, enfim... e me veio a cabeça onde tudo isso tinha começado, e lembrei de algo muito interessante.

Tudo começou com um não.
Um simples, e irredutível não!

Foi mais ou menos assim: 14, 15 anos, idade que a gurizada ta loca di dorgas manolo, saindo, curtindo, não fazendo nada além de estudar, e eu só queria ir a um bendito show, acho que do Armandinho na Enigma. (Pensa na empolgação de um guri oriundo do interior/litoral que não podia escolher a cor das próprias cuecas...)

Pedi míseros 20 contos pro meu pai, que daria para o ingresso, e uma keep cooler (não me arrependo de contar, mas me envergonho). Podia ouvir muitas coisas como: "Não volta tarde" "se cuida" "não quero que beba" "aproveita lá..." enfim, coisas até então normais que os pais dos meus amigos falavam. Porém, o que eu ouvi foi um simples e sonoro "Não!!".

Perguntei: "Por que não?"
Resposta: "Se quiser sair, vai ter que ter teu dinheiro, só isso..."

Virou as costas, saiu, e eu não saí. Não saí, e aquela resposta não saiu da minha cabeça, que bom que não saiu... Isso foi, e continua sendo motivação em praticamente tudo que eu projeto conseguir.

Eu traduzi isso que ele me disse como: "Tu só consegue as tuas coisas, se tu batalhar por isso, e de bobeira não vai vir nada.", e realmente isso vem fazendo parte de mim desde aquele dia... foi onde eu cheguei a seguinte conclusão:

É melhor um NÃO construtivo, do que vários SIM's por conformismo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Depois de tudo, o fogo.

Certa vez, eu comecei a ler um livro que sempre achei bestinha, e tudo mais, até iniciar a leitura.

"Por que os homens mentem, e as mulheres choram?" (está aqui citado de onde tirei o assunto pra este post, e recomendo este livro, é interessante. Não dá pra seguir ao pé da letra, mas é interessante.)

Bom, lendo esse livro, que ainda estou na metade (na verdade faz mais de um ano que estou na metade por uma série de motivos), me deparei com uma situação interessante, segue a mesma, mais ou menos da forma que eu me lembro:

Na antiguidade, no tempo das cavernas, os homens, chefes do lar, saiam em longas jornadas para caçar. Eles eram responsáveis pelo sustento da família, sua alimentação, segurança, etc...
Estas jornadas eram cansativas, estressantes, perigosas, arriscadas, extremamente exaustivas, e estes homens ficavam muito tempo sem ver suas esposas e seus filhos, de certa forma abrindo mão deles, para trazer o sustento básico para casa, para eles.

Meses se passavam, e eles retornavam, cada um para a sua família.

Eram bem recebidos, eram bem tratados. Tratados como heróis por pessoas que os amavam, e de fato eram mesmo heróis.

Porém, após estes reconhecimentos, eles se reuniam novamente, mas não para sair para a batalha pela sobrevivência, desta vez não. 
Desta vez, se reuniam para observarem a fogueira. Literalmente.
Sim, acendiam uma fogueira, sentavam em volta, e ficavam somente olhando o fogo, relembrando de todo o esforço que fizeram, agradecendo mentalmente por terem obtido êxito no seu objetivo. Enfim, tirando da sua mente toda e qualquer preocupação, todo e qualquer incômodo, deixando ela livre, para aí sim, poder continuar sua rotina social até chegar o momento de partir outra vez.

"Por que os homens mentem e as mulheres choram?" (Allan e Barbara Pease)

Pelo que me lembro é isso, não tive o trabalho de ir a prateleira, pegar o livro pra dar uma olhada, e transcrever pra cá, mas é isso, ou próximo a isso.

Eu tracei um paralelo pra hoje onde, não coincidentemente, temos batalhas diárias, para ter o nosso sustento: nossos gastos, nossos investimentos, nosso lazer, entre outras batalhas que se fazem necessárias pra quem almeja alguma coisa.

Saindo um pouco dos bens materiais, e entrando nos abstratos, a jornada é um pouco maior, e, talvez, mais exaustiva, mas o objetivo pode ter um sabor diferente quando conquistado.

Há milhões de anos aconteceu esta história citada acima, e isso ainda reflete no cotidiano. Por quantas vezes algumas coisas acontecem de uma maneira que a gente não quer que aconteça?


Só que ao invés de "olharmos nossa fogueira", passamos por cima, atropelamos tudo e vamos em busca de mais e mais.

E não me refiro somente ao que dá errado, mas também ao que dá certo. Por muitas vezes não paramos pra pensar em como devemos reconhecer a nós mesmos quando algo sai da maneira que planejamos, ou sai melhor do que planejamos.

Agora falo por mim. Preciso, e muito, destes momentos, de me gratificar pelo que deu certo e, principalmente, de re-organizar quando não dá tão certo assim.

Gosto do griteiro, gosto da muvuca, gosto da zona, admito. Mas tenho um apreço muito forte pelo silêncio e pela tranquilidade também, que é quando posso, de certa forma, olhar profundamente a minha fogueira.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Não busque ser o melhor.

Só pra constar, tudo que eu disse até agora, e o que vou dizer enquanto estiver afim de escrever aqui, será exclusivamente a minha opinião. Quando não for de minha autoria, citarei.

Bom, muitas pessoas caem, de certa forma na burrice (não é essa a palavra, mas segue essa), de buscar serem impecáveis, totalmente perfeitas.
Multiplicando acertos, zerando erros, elevando uma imagem de perfeição à maior potência... e o resultado dessa conta qual é? Sim, o que resulta dessa equação, é um "ser" melhor.

E quando falo SER, não falo de SER-humano melhor, até porque isso buscamos dia após dia.
O que digo, é o SER no sentido de EU SOU melhor.

A busca incessante pela perfeição até certo ponto é válida. Na real, eu acho válida enquanto tu permite a ti próprio o erro.
"Errar é humano, perdoar é Divino" (Frase batida). Eu mudaria um pouco:

"Errar é humano, perdoar é Divino. Se superar e surpreender, dispensa caracterizações."

Se permitir errar é válido. É esse se permitir que falta quando se ultrapassa a linha de "buscar ser alguém melhor" e se entra na linha de "ter que ser o melhor".

Se eu pudesse dizer alguma coisa sobre isso, eu diria pra parar com essa busca de ser o(a) melhor. E se for pra buscar algo, que busque ser indispensável.

Amizade, família, relacionamentos em geral, trabalho, TUDO.
Pra mim, o indispensável muito frequentemente supera o melhor.

Vou tentar dar um exemplo: (eu sou rei em dar exemplos forçados, reconheço)

Se eu te oferecer algo pra beber, qualquer coisa. e aí, vai querer o que?

Suco, Refrigerante, CERVEJA, mate, café, energético, vodca, whisky, ice (essa confessa!)... Pode me citar inúmeras bebidas, por um simples motivo:

Segundo a tua opinião, elas são melhores.

Porém, tenta viver a base disso... É impossível. Tu precisa de água!
Esta sim, é indispensável, e é base praquilo que tu julga ser melhor.

Assim acontece com as pessoas.
À primeira vista, podemos ter uma visão como a da bebida, mas, com o passar do tempo, precisamos de gente verdadeiramente indispensável ao nosso lado. Gente que tenhamos vontade de ver, de rever, de ver cair, de ver levantar, de ajudar a se levantar, se reerguer, enfim, gente que alcance a sonhada perfeição, sem precisar ser perfeito. Parece paradoxal, mas olhando do ângulo correto, faz sentido.

Podia citar algumas pessoas, mas como vou esquecer de alguém, vou falar de um grupo chamado amigos: as pessoas que mais erram e se superam cotidianamente que eu conheço.

Vejo amigos meus brigarem num domingo, e se abraçarem numa segunda. Isso não é bom, não é melhor, isso é indispensável. Pra eles e pra mim, e sempre será.

É assim que eu penso, é assim que eu sigo, sendo "água", e tentando ser indispensável, pelo menos pra mim mesmo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Falem bem, falem mal, mas...

Já tinha anunciado que falaria por aqui de uma coisa que tá acontecendo há algum tempo e que me deixa chateado.

Eu falo da moral de cueca, que muita gente prega quando falam de outras pessoas... Nesse caso específico, quando falam de mim.

Uma parte disso é culpa minha. Mas, por que é culpa minha?

Por que eu falo o que penso?
Por que eu falo na cara, doa a quem doer?
Por que eu vivo minha vida?
Por que eu faço questão de mostrar que não "amo" a todos a minha volta?

Essas podem ser algumas razões. Mas não seriam razões dignas de elogios? Ao meu ver sim, mas na óptica de algumas pessoas não. Porque mesmo com tudo isso acima, e muitas outras coisas que eu, modéstia a parte, considero como qualidades, aos olhos de uns e outros parecem defeitos.

Isso me incomoda? Sim.
Muito? Não, bem pouco inclusive, porque por enquanto não me afetou diretamente.

E agora vem a pergunta principal:
Trato as pessoas mal por isso? NÃO.
Deveria? Talvez... talvez não devesse tratar mal, mas sim com indiferença, mas não... eu trato bem, converso, tenho consideração, coloco meus ouvidos a disposição umas vezes, peço opiniões em outras...

Mas pra quê tudo isso? Por um simples motivo: a minha parte eu tô fazendo. Se está certo, errado, não importa, pelo menos agora não importa.
O importante pra mim é saber que talvez eu esteja sendo julgado, pré-julgado, enfim, por alguém que acerta e erra tanto quanto eu.
A diferença é que eu não fujo, eu não me escondo, minha cara tá (limpa, loções Bradock!) sempre pronta pra receber mais um tapa, dois, três, etc.

Não vou citar nomes, tentarei nunca citar...
Não espero que as pessoas mudem, espero que elas abram os olhos apenas e reconheçam que estão erradas.
Também não espero desculpas, acho que não mereço, espero só que pensem duas vezes.

Coloquei pra fora algo que tava me incomodando um pouco. Desabafo? sim, tava na hora de botar o dedo nas minhas próprias feridas.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Palavras, apenas...

Como alguns sabem, esse último fim de semana (não costumo falar findi, finde e variações... nada contra, só não costumo falar) fui à Rivera comprar algumas coisas pra mim, buscar umas encomendas, perfumes, cremes, cosméticos... (estes 2 últimos não pra mim, óbvio).

Na viagem de ida, fiquei no banco ao lado do banco de um casal. Até aí tudo normal, não fosse pelo fato de ser um casal de mudos/surdos (nunca sei diferenciar quando é um e quando é outro). Não vi eles se beijarem, aquela coisa toda de casais, etc, também não ia ficar 7 horas num ônibus vigiando um casal, mas vi que viajaram abraçados, então deduzi que eram um casal.

Sendo mudos/surdos, eles falavam algumas vezes por Libras (LInguagem BRAsileira de Sinais), mas observei uma coisa muito interessante... Que além da Libras, eles por vezes não utilizavam os gestos, sinais, letras, e outras coisas pra se comunicar, simplesmente se olhavam, se observavam, e de certa forma se decifravam.

Observei isso durante alguns poucos minutos, pois como disse, não ia ficar dando uma de CSI-Rivera, investigação de casais.

Às vezes, diria muitas vezes, questiono a real necessidade de palavras pra dizer alguma coisa, pra se expressar, pra passar (ou receber) alguma informação. Não diria que seja totalmente dispensável, mas dependendo das pessoas, as palavras ditas verbalmente, foneticamente, são um pouco menos necessárias, já que muitas coisas são ditas involuntariamente, quase que sem querer, como por exemplo em um olhar, em um toque, e de vez enquando até em uma simples respiração diferente da normal.



São trejeitos, expressões faciais, corporais, sorrisos... que na maioria das vezes, dizem o que não pode ser formulado e expressado por palavras, com tamanha fidelidade ao que está se sentindo.

Já pensava assim, mas ultimamente ando vendo isto se concretizar de uma forma muito mais prática.

Pra fechar, vou deixar uma frase mais batida que saco de areia em academia de boxe, mas que diz muito:
"As mais belas frases são ditas no silêncio de um sorriso".

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Só sei que prefiro o mar...

A nossa vida é cheia de preferências, mas principalmente do porquê dessas preferências.

Por esses dias, surgiu uma dúvida casual sobre preferência: Serra ou Praia???
Minha resposta foi curta, e direta. Praia. Sem porquês, sem maiores explicações.

Porém, estive pensando (e ultimamente tenho pensado mais e modéstia a parte, pensado melhor), nessa coisa de preferir a praia, do porquê dessa preferência. Porque sim seria muito vazio, mas acredito que tenha achado o real motivo nesses pensamentos...

A serra tá ali, parada, sempre ela, sempre a mesma bonita (ou feia) serra. As vezes neva, as vezes não, as vezes é frio, as vezes não, mas em suma, tu sabe onde começa, sabe onde termina, sabe como é, e talvez até como será. Isso não acontece na praia.

A praia tem um fator que acho que é quase unanimidade pra quem gosta dela, o mar.

O mar pra mim é de uma beleza e imprevisibilidade enorme, onde até sabemos alguma coisa sobre ele, mas talvez jamais saberemos tudo. Na praia olhamos para um lado... areia. Talvez no outro também, se for no Cassino é infinito, mas à frente, vemos o mar. E referente ao mar sabe-se o mínimo, só se sabe o começo, só se sabe o básico...

Mas e o restante? E a profundidade, e lá adiante onde ele se junta e quase se confunde com o céu?

O restante acho que é como a minha vida, como a nossa, onde mesmo sabendo muito, é quase nada, é uma gota... comparada ao oceano de acontecimentos que estão por vir, ou ainda do oceano de decisões que teremos de tomar, ou ainda frente às situações que iremos passar. É por essas e outras que...

Até tento gostar da serra, mas só sei que prefiro o mar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Contra a banalização do EU TE AMO.

Sobre o que eu vou falar agora, já conversei com algumas pessoas, e resolvi externar pra vocês o que penso sobre um mal que é cada vez mais recorrente na sociedade.

Como o título ja diz, sou totalmente contra a banalização do "eu te amo".

Hoje em dia, muitas etapas em muitas situações não são vividas passo a passo, e na questão do sentimento (se é que dá pra chamar assim) não é diferente. Vivemos num mundo imediatista, onde ou é, ou não é. O talvez não existe mais, o quem sabe está quase entrando em extinção... Assim é com o "sentimento" que existe por algo ou por alguém, ou que pelo menos parece existir.

Te convido a fazer um exercício de memória: Qual foi a ultima vez que você ouviu uma pessoa dizendo que adora a outra, que gosta, que quer bem... difícil né?

Agora, pra facilitar: A última vez que você ouviu alguém dizer que AMA alguém... barbada? sim, barbada, enquanto to escrevendo isso já ouvi 2... E foi um eu te amo dito com o real sentido da expressão? Na minha opinião NÃO. Foi de uma maneira puramente banal.

É essa banalização que, ao meu ver, está estragando as relações interpessoais, que até pouco tempo atrás eram mais sólidas.
Um "oi, tudo bem?" daqui a pouco vai virar um "oi, eu te amo."
(...) é eu te amo pra cá, é eu te amo pra lá, é eu te amo de Ipanema é eu te amo do Irajá... como se não existissem outras coisas a se dizer, a se pensar. Ou amo ou odeio, sem meio termo, sem fases intermediárias, ou 8 ou 80.

Quer saber se você realmente ama alguém/algo? Não é muito difícil, é só calcular o impacto que a falta dessa pessoa, desse alguém, ou desse algo faria na sua vida nesse momento. Acho que a coisa caminha mais ou menos por aí, e tento aplicar isso direto na minha vida. E vai por mim, funciona mesmo!

Não tenho nada contra uma pessoa "amar" uma outra assim do nada, não interfere absolutamente nada na minha vida. Mas sou contra essa mesma primeira pessoa, por algum mísero ato da segunda, acabar com esse "amor instantâneo" na mesma velocidade que ele surgiu, aí eu sou contra mesmo, porque isso pode ser qualquer coisa, mas amor não é... de jeito nenhum!

Achava que só eu pensava dessa forma, e levava isso numa boa, mas ao saber que há mais gente que pensa do mesmo jeito, acredito cada vez mais que nem tudo está perdido como dizem.