quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Contra a banalização do EU TE AMO.

Sobre o que eu vou falar agora, já conversei com algumas pessoas, e resolvi externar pra vocês o que penso sobre um mal que é cada vez mais recorrente na sociedade.

Como o título ja diz, sou totalmente contra a banalização do "eu te amo".

Hoje em dia, muitas etapas em muitas situações não são vividas passo a passo, e na questão do sentimento (se é que dá pra chamar assim) não é diferente. Vivemos num mundo imediatista, onde ou é, ou não é. O talvez não existe mais, o quem sabe está quase entrando em extinção... Assim é com o "sentimento" que existe por algo ou por alguém, ou que pelo menos parece existir.

Te convido a fazer um exercício de memória: Qual foi a ultima vez que você ouviu uma pessoa dizendo que adora a outra, que gosta, que quer bem... difícil né?

Agora, pra facilitar: A última vez que você ouviu alguém dizer que AMA alguém... barbada? sim, barbada, enquanto to escrevendo isso já ouvi 2... E foi um eu te amo dito com o real sentido da expressão? Na minha opinião NÃO. Foi de uma maneira puramente banal.

É essa banalização que, ao meu ver, está estragando as relações interpessoais, que até pouco tempo atrás eram mais sólidas.
Um "oi, tudo bem?" daqui a pouco vai virar um "oi, eu te amo."
(...) é eu te amo pra cá, é eu te amo pra lá, é eu te amo de Ipanema é eu te amo do Irajá... como se não existissem outras coisas a se dizer, a se pensar. Ou amo ou odeio, sem meio termo, sem fases intermediárias, ou 8 ou 80.

Quer saber se você realmente ama alguém/algo? Não é muito difícil, é só calcular o impacto que a falta dessa pessoa, desse alguém, ou desse algo faria na sua vida nesse momento. Acho que a coisa caminha mais ou menos por aí, e tento aplicar isso direto na minha vida. E vai por mim, funciona mesmo!

Não tenho nada contra uma pessoa "amar" uma outra assim do nada, não interfere absolutamente nada na minha vida. Mas sou contra essa mesma primeira pessoa, por algum mísero ato da segunda, acabar com esse "amor instantâneo" na mesma velocidade que ele surgiu, aí eu sou contra mesmo, porque isso pode ser qualquer coisa, mas amor não é... de jeito nenhum!

Achava que só eu pensava dessa forma, e levava isso numa boa, mas ao saber que há mais gente que pensa do mesmo jeito, acredito cada vez mais que nem tudo está perdido como dizem.

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